Segundo a Polícia Federal, que realizou a operação em conjunto com a polícia boliviana, a prisão aconteceu por uso de documento falso. Conforme a PF, "as primeiras diligências indicam que o homem pode ser um dos principais articuladores de um esquema internacional de lavagem de dinheiro vinculado a uma organização criminosa."
Tuta era responsável, segundo o Ministério Público de São Paulo, por planejar o resgate de outras lideranças do PCC em prisões do Brasil e arquitetar a morte de autoridades que investigam a facção.
O líder do PCC foi condenado em fevereiro de 2024, em conjunto com outros integrantes da facção, a mais de 12 anos de prisão por movimentar, segundo o MP paulista, cerca de R$ 1 bilhão para a organização criminosa entre os anos de 2018 e 2019.
Tuta é apontado pelo MP como a principal liderança da facção fora das cadeias. Segundo a investigação, ele mantinha contato direto com outros líderes do PCC presos, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe maior da organização.
Na operação Sharks, realizada em 2020, o Ministério Público apontou que Tuta era o responsável por "comandar os integrantes soltos da organização criminosa, mantendo contato direto com a cúpula da facção que está no sistema prisional"
A investigação indicava, ainda, que Tuta "é suspeito de ser responsável pelos planos de fuga das lideranças da facção reclusas em presídios federais, e ainda de liderar os planos de ass agentes e autoridades públicas em represália às transferências e às ações contra a cúpula da organização."
"Na prática, Marcos Roberto sucedeu Marcola como principal liderança e mandatário da facção", apontou o Ministério Público de São Paulo na época.