Segundo a SMS-Rio, 263 precisaram suspender totalmente o funcionamento pela falta de segurança. Em outros 590 episódios houve interrupção parcial das atividades. Os números significam que, em média, cerca de nove unidades sofreram alteração por dia.
Um dos casos mais recentes foi durante a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que terminou com a morte do chefe do Terceiro Comando Puro (T), Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Na última terça-feira (13), quatro unidades de saúde interromperam o funcionamento ou as atividades externas na região.
Já a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 300 unidades escolares foram impactadas pelo menos uma vez desde o início do ano até o último dia 9. Na mesma operação no Complexo da Maré, 45 escolas foram afetadas.
Segundo Instituto Fogo Cruzado, que mapeia a violência armada no Rio, nos últimos dois meses, 373 tiroteios foram registrados no Rio de Janeiro, sendo 96 com mortes. 159 aconteceram durante operações policiais. 120 civis e nove agentes de segurança perderam a vida durante as ocorrências.
Em nota à CNN, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que o fechamento de escolas e unidades de saúde em algumas regiões não são resultado de ações das forças de segurança, mas sim de investidas dos criminosos que atentam contra a vida e a rotina da população. Segundo a pasta, todas as operações policiais são planejadas com foco na proteção dos moradores e na preservação dos serviços públicos.
Ainda de acordo com a secretaria, no primeiro trimestre deste ano, as polícias Civil e Militar realizaram 11.011 prisões em flagrante, cumpriram 3.001 mandados de prisão, apreenderam 189 fuzis e recuperaram 5.041 veículos. Houve ainda 6.090 apreensões de drogas.
Em março, indicadores estratégicos criminais registraram queda: o roubo de veículos caiu 38% (1.483 casos, menor número desde 1991), roubo de carga recuou 2,3% (216 casos, menor número desde 1999) e os homicídios dolosos (intencionais) reduziram em 3,2%.
As forças de segurança também retiraram 1.622 barricadas colocadas por criminosos, totalizando quase 2 mil toneladas de materiais removidos, principalmente em áreas próximas a escolas e hospitais. "Os dados refletem o compromisso permanente com a proteção e o direito de ir e vir da população", diz a pasta.