Segundo a polícia, populares que estavam no local estranharem a situação do idoso, que estava imóvel na cadeira de rodas, e acionaram o Samu.
As investigações devem apontar o motivo pelo qual o neto estava com o avô pelo Centro da cidade, mas há a hipótese de que o homem estaria levando o idoso para realizar um empréstimo bancário para comprar itens para casa, tendo em visto que o investigado estava desempregado.
A polícia também não descarta a possibilidade de homicídio e/ou estelionato.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), informou que todas as equipes especializadas foram acionadas para esclarecer os fatos.
“O perito verificou rigidez cadavérica, mas não pôde precisar o tempo exato da morte naquele momento. Somente com os laudos definitivos do IML e da perícia criminal poderemos esclarecer quando, de fato, ocorreu o óbito e se houve algum tipo de crime, como vilipêndio de cadáver ou tentativa de estelionato”, explicou Albino.
Segundo um filho do idoso, ele já não via o pai desde novembro, data em que o neto levou a vítima para morar com ele.
Além da idade, o corpo da vítima apresentava feridas, mas, conforme avaliação preliminar da perícia e relatos de familiares, essas lesões podem estar relacionadas a comorbidades preexistentes. O idoso era hipertenso, diabético e fazia uso de bolsa de colostomia.
Também não foi identificado indícios de maus-tratos.
Após ser preso, ele foi levado para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), para prestar esclarecimentos.
“O procedimento ainda está em andamento. O homem segue sendo ouvido e, ao término, será decidido se permanecerá detido", disse.
A Polícia Civil também aguarda os resultados dos laudos da perícia, que devem apontar por quais crimes o homem deverá ser responder.
O caso segue sob investigação.
*Sob supervisão de Guilherme Gama