Isabella Santoni abre guarda-roupa e conta como inovar no inverno

No Brasil, a temporada de inverno, sobretudo carioca, é quase um capítulo à parte no calendário de moda. Apesar de brando e instável, carrega estética própria, exigindo jogo de cintura, sobreposições bem pensadas e um olhar antenado nas tendências globais.

À CNN, a atriz Isabella Santoni, 30, nascida e criada em solo carioca, compartilha dicas para entrar no estilo da estação mais fria do ano. Recém chegada do Festival de Cannes, a artista vive uma fase apurada no estilo. "Acompanho as tendências porque amo ver os desfiles, então, inevitavelmente acabo me sentindo inspirada por aquilo que vejo, mas priorizo peças atemporais".

 

"A moda é cíclica e saber fazer boas escolhas é o segredo para ter um guarda-roupa versátil. As tendências se repetem com variações, vamos sempre ver na arela alfaiataria, xadrez, transparência, animal print. O que muda é o shape e a padronagem. Disso, eu não sou refém. Me preocupo em escolher peças que eu me sinta bem e que possam ser usadas em diversos momentos", acrescenta.

Traduzindo sensibilidade fashion no inverno

Pensando em uma clima tipicamente carioca, Santoni responde como traduzir essa sensibilidade sem tornar uma regra.

"Uma coisa é certa, não pode nublar que a gente já pega um casaco. Com as mudanças climáticas, o clima tem ficado cada mais instável. Aqui, eu moro na montanha, então em casa sempre está uns 2 a 3 graus mais frio do que na rua. Assim, eu amo poder usar jaquetas, trech coats, blazers e suéteres para fazer uma sobreposição. O bom de brincar com essas peças é a oportunidade de tirar caso fique quente", diz.

A oportunidade de estar em Cannes também rendeu outros bons insights. Entre a exibição de longas, curtas e flashes no tapete vermelho, a atriz também se encantou com uma tendência que reflete seu próprio gosto por peças com história.

"Tem uma modelo sueca que eu me inspiro muito, é a Elsa Hosk. Ela fez algumas escolhas vintages em Cannes, como um Valentino dos anos 70 e um Mugler de 95. Amo reviver peças icônicas, porque isso reforça a ideia da moda atemporal", conta.

Além disso, outra estética que começa a emergis dos arquivos cromáticos das décadas de 1960 e 1980 são as meias-calças coloridas. Fugindo dos tons cítricos que dominaram o kitsch do ado recente, a ideia é brincar com uma paleta que inclui o bordô, vinho, azul-marinho, roxo profundo e variações metalizados.

Moda é bússola emocional, diz Isabella

Longe dos editoriais, o estilo cotidiano se constrói em outros registros, por vezes mais íntimos. No dia a dia, o figurino não nasce apenas do clima, mas do estado de espírito. Para Isabella, a moda é como uma espécie de bússola emocional.

"É total uma junção dos dois. Moda é sobre expressão pessoal e o contexto que vai te situar no formato, no clima, ocasião, horário e lugar. O que mais vai nortear minhas escolhas é como eu me sinto. Se eu estou cansada e sem energia, vou no básico, para não errar", garante.

"No inverno, seria um bom jeans, camisa básica, tênis bem confortável e aí uso uma jaqueta de couro ou um blazer com bom corte para não ser tão básica assim, e ah claro, um ou outro ório. Se eu estiver disposta e inspirada, eu dou uma ousada nas combinações. Uma camisa com suéter de sobreposição, ou um colete por baixo do blazer, quem sabe até uma camisa com gravata. Colocaria um scarpinzinho para dar altura ou até uma bota, e aí carregaria nos órios: colar, brincos, pulseiras e anéis", brinca.