Thunberg vai no segundo navio da Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC), que transporta ajuda humanitária para o território sitiado. A primeira embarcação foi atacada no mar.
A ativista comentou que o "silêncio é mais perigoso do que navegar para Gaza", se referindo ao ataque da embarcação.
"Estamos zarpando hoje, cerca de um mês após nossa última tentativa de prosseguir com esta missão. O barco foi bombardeado duas vezes, tudo indica que foi Israel", disse a ativista para o público na Itália.
Ela falou também sobre o protesto que realizará no território: "estamos fazendo isso porque precisamos cumprir nossa promessa aos palestinos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para protestar contra o genocídio e tentar abrir um corredor humanitário e romper o cerco."
Greta Thunberg foi vista na sexta-feira (30) participando dos preparativos para a viagem, após uma tentativa anterior ter sido frustrada por um ataque de drone semanas antes.
O ator irlandês Liam Cunningham, que estrelou a série de televisão Game of Thrones, se juntaria à missão com dezenas de outros voluntários a bordo do navio de ajuda humanitária "Madleen", que deve partir de Catânia no domingo (1°). Ele tem se manifestado veementemente em apoio aos palestinos em Gaza.
Em 2 de maio, dois drones, supostamente israelenses, foram lançados em um ataque ao navio "Conscience", parte da Flotilha da Liberdade de Gaza, enquanto navegava em águas internacionais na costa de Malta.
A Flotilha partiu para romper o cerco de Gaza e entregar ajuda à população palestina, enquanto Israel bloqueava todo o fornecimento de ajuda para a Faixa.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel não respondeu a um pedido de comentário sobre as alegações.
Desde então, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade sediada nos EUA e apoiada pelos governos americano e israelense, começou a fornecer ajuda humanitária no território, ignorando os grupos de ajuda humanitária tradicionais.
A organização começou a trabalhar no mês ado e possui três locais de onde milhares de pessoas receberam ajuda.
A GHF tem sido amplamente criticada pela comunidade internacional, com autoridades da ONU afirmando que os planos de ajuda apenas fomentariam a realocação forçada de palestinos e mais violência.