Após a morte do papa Francisco, os cardeais da Igreja Católica Romana se reunirão no próximo mês para eleger um novo pontífice em um dos edifícios mais famosos do mundo: a Capela Sistina.
A votação secreta terá início no dia 7 de maio, segundo anúncio do Vaticano.
A capela que reeberá o conclave recebeu o nome do papa Sisto IV e foi construída entre 1473 e 1481.
A estrutura tem 40 metros de comprimento, 13 metros de largura e 21 metros de altura, é iluminada em todos os lados por janelas altas.
O famoso artista Michelangelo foi contratado por Júlio II para fazer as pinturas do teto, chamadas de afrescos, concluídas entre 1508 e 1512.
As pinturas mostram cenas do Antigo e do Novo Testamento da Bíblia, sendo a mais famosa “A Criação de Adão”, na qual Deus estende o dedo para tocar a mão do primeiro homem.
Mais de 20 anos depois, Michelangelo foi contratado para pintar o imponente “Juízo Final” na parede atrás do altar, inaugurado em 1541.
Michelangelo foi imediatamente acusado de imoralidade e obscenidade por representar figuras nuas em uma igreja.
Após a morte do pintor, foi aprovada uma lei que obrigava a cobertura dos órgãos genitais ofensivos com “calças de pudor”, acrescentadas por um aprendiz.
As paredes laterais são decoradas por outros artistas, incluindo Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio.
O escritor alemão Goethe certa vez comentou: “Sem ter visto a Capela Sistina, não se pode ter uma ideia apreciável do que um homem é capaz de realizar.”
A Capela Sistina foi usada pela primeira vez para um conclave em 1484 após a morte de Sisto IV.
Vários conclaves foram realizados em outros lugares, incluindo vários no século XIX no Palácio do Quirinal, antigo palácio de verão dos papas e agora residência oficial do presidente italiano.
Cerca de 6,8 milhões de pessoas visitaram os Museus do Vaticano, incluindo a Capela Sistina, em 2023 — o segundo museu mais visitado do mundo, depois do Louvre, conforme o site de dados Statista.com.