O submarino da operadora de turismo OceanGate desapareceu no último domingo (18) depois de uma expedição aos destroços do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá. Destroços da embarcação foram encontrados na quinta-feira (22). As cinco pessoas que estavam a bordo morreram (veja na sequência). • OceanGate
Uma única embarcação, se devidamente equipada, e veículos controlados remotamente no fundo do mar podem ser capazes de recuperar os destroços do submersível Titan, disse o capitão Mark Martin, especialista em salvamento e piloto de submersão profunda, na quinta-feira (23).
O navio precisaria de um guindaste com um fio que pode atingir uma profundidade de 4.000 metros, que pode ser encontrado em muitas embarcações envolvidas na construção offshore de gás e petróleo, disse Martin em entrevista a Jake Tapper, da CNN.
As equipes de recuperação também precisarão de um ou dois veículos operados remotamente (ROVs), que já desempenharam um papel fundamental na busca por sinais de Titan, disse o capitão. Os ROVs são máquinas grandes e poderosas que podem ser controladas da embarcação acima deles.
Os ROVs trabalharão em conjunto com o guindaste para colocar pedaços do submarino em grandes "cestas de recuperação", que Martin disse parecerem metade de um container de transporte feito de malha.
Os ROVs pegarão as peças com os braços e as colocarão em cestas, ou ajudarão a prender as peças nas correias do guindaste, que levantará as peças para a superfície, disse ele.
As autoridades começarão a desmobilizar o pessoal médico e nove embarcações envolvidas na busca submersível do Titanic ao longo das próximas 24 horas, disse o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, na quinta-feira.
As operações remotas continuarão no fundo do mar por tempo indeterminado, acrescentou.
Mauger disse que é “muito cedo” para discutir se haverá uma investigação, o que ele disse ser uma decisão tomada fora dos esforços de busca sob sua responsabilidade.
Especialistas dizem que é improvável que qualquer corpo seja recuperado, mas a Guarda Costeira dos EUA afirmou que continuará a busca em um esforço para recuperar o que puder.
Além das buscas pelos ageiros, as autoridades continuarão a vasculhar o fundo do mar na esperança de descobrir mais informações sobre o que levou à implosão.
Levará tempo para montar um cronograma específico de eventos, segundo a Guarda Costeira americana na quinta-feira, chamando o ambiente subaquático de “incrivelmente complexo”.
Até agora, eles localizaram o cone do nariz do Titan e uma extremidade de seus cascos de pressão em um grande campo de detritos, e a outra extremidade do casco de pressão em um segundo campo de detritos menor.
“O que eles fariam agora é voltar àquele local e, como migalhas de biscoito, tentar encontrar uma trilha de onde isso levaria”, disse Tom Maddox, CEO da Underwater Forensic Investigators, que participou de uma expedição ao Titanic em 2005.
Ele acrescentou que os pedaços de detritos ainda podem estar “ligeiramente flutuantes” e serem carregados pelas correntes oceânicas. “Portanto, o grande projeto agora será tentar coletar essas peças”, disse ele. “Eles vão marcá-los, indicarão onde estavam e farão um mapa de onde essas peças foram encontradas.”
(Com informações de Jessie Yeung)