Modi foi nomeado líder da coalizão Aliança Democrática Nacional (NDA) na quarta-feira (5), depois que seu Partido do Povo Indiano (BJP) perdeu maioria absoluta e ou a depender do apoio de partidos regionais - principalmente do Partido Telugu Desam (TDP) e do Janata Dal (JD).

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A Aliança conquistou 293 assentos na câmara do Parlamento com 543 membros, onde 272 constituem uma maioria simples.

Mas o partido BJP de Modi conquistou apenas 240, fazendo com que o líder do TDP, Chandrababu Naidu, e o líder do JD, Nitish Kumar, também ministro-chefe do estado de Bihar, no leste do país, tenham voz na aliança, com seus 16 e 12 assentos, respectivamente.

O partido TDP também venceu uma eleição regional no estado de Andhra Pradesh, no sul do país, e Naidu deve se tornar o ministro-chefe da região.

Ambos os partidos estão promovendo demandas de longa data para conceder status especial a seus estados, de acordo com um porta-voz do TDP.

O status especial permite que os estados recebam mais fundos federais para o desenvolvimento.

Bihar é o estado mais pobre da Índia.

Já o estado Andhra Pradesh perdeu alguns de seus recursos em 2014, quando o novo estado de Telangana foi criado a partir dele.

Além de status especial e cargos no gabinete, o partido TDP também está buscando mais recursos para projetos de irrigação em Andhra Pradesh e para concluir a construção de sua nova capital, Amaravati, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com o assunto.

"Não é a primeira vez que estamos na Aliança, portanto, estamos confiantes de que receberemos o que nos é devido", disse a porta-voz do TDP, Jyothsna Tirunagari.

"Em nossos termos anteriores com a Aliança, tivemos vagas ministeriais e também o presidente da Lok Sabha [câmara] do nosso partido. Desta vez, somos um parceiro forte e compartilhamos uma visão clara para o país", disse.

Kumar, do partido JD, também quer apoio para novos projetos industriais em Bihar, além de cargos no gabinete federal, segundo uma fonte da Aliança.

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