A operação envolve debêntures da segunda série da décima emissão e a antecipação da conversão já tem apoio de 99,99% dos credores, segundo a empresa.

No fato relevante divulgado na noite de quinta-feira (5), o grupo acrescentou que discute com os credores da primeira série da emissão um "reperfilamento", adiando em um ano o pagamento de juros de novembro de 2026 e alterando o cronograma de amortização.

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Também afirmou que negocia com os credores da décima emissão autorização para promover "eventos de liquidez" em um período de 12 meses e que parte dos recursos não seja usada para pagamento da dívida.

"Caso concedida, a autorização permitirá que a companhia avalie a realização de determinadas operações estratégicas utilizando o caixa delas oriundas, até o limite de R$ 500 milhões, para o crescimento e aprimoramento de suas operações, ao invés do serviço de dívidas", afirmou a Casas Bahia.

Por volta de 10h25, as ações da Casas Bahia saltavam 17,41%, a R$ 4,72, tendo alcançado R$ 5,09 na máxima até o momento.

"A notícia é positiva em termos de fluxo de caixa, pois reduz o desembolso de caixa da empresa até 2027 em R$ 760 milhões", afirmaram analistas do Safra em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira.

"Do lado da empresa, acreditamos que a istração agora terá mais tempo para continuar a melhorar os resultados operacionais da Casas Bahia, como pudemos observar nos últimos trimestres", acrescentaram Vitor Pini e equipe.

Além disso, na visão dos analistas, esse alívio financeiro também deve permitir que a empresa invista até R$ 500 milhões em crescimento e melhoria operacional, em vez de serviço da dívida.

Os analistas destacaram que o preço-alvo deles para a ação da Casas Bahia deverá ser bastante impactado por uma redução de 50% - de R$ 4 para R$ 2 por ação, já que serão emitidas 328,95 milhões de novas ações.

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