A declaração foi dada após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dar um prazo de 10 dias para que a equipe econômica proponha uma nova medida arrecadatória.
A exigência veio após a insatisfação de parlamentares com o aumento do tributo e a ameaça de derrubada da proposta pelo Legislativo.
Segundo Ceron, embora a construção de alternativas seja desafiadora, há um alinhamento inédito entre os Poderes para buscar o equilíbrio fiscal por meio de medidas estruturais, inclusive aquelas que podem impactar diretamente o Congresso Nacional.
“O sentimento é que há uma abertura nas Casas para uma discussão estrutural, que em outros momentos não teria espaço. Se fizermos esse esforço conjunto, podemos promover uma virada de chave e reduzir muitas incertezas”, afirmou o secretário.
Ceron não detalhou quais propostas estão sendo consideradas, mas garantiu que serão dias intensos de trabalho para “honrar” o espaço de diálogo aberto pelo Legislativo.
O entendimento do governo é que o Congresso, sob a liderança de Hugo Motta e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), está disposto a encarar discussões antes evitadas por parlamentares, incluindo programas sociais do Executivo e emendas parlamentares.