A mudança de perspectiva foi atribuída pela agência a um avanço mais lento do que o esperado nas medidas para enfrentar a rigidez orçamentária, apesar do reconhecimento aos esforços de consolidação fiscal e do cumprimento das metas de resultado primário. O aumento da dívida pública também foi citado como grande fator de preocupação na nota da agência.
Em nota, o órgão reconheceu os desafios apontados pela agência, mas reiterou que o país segue empenhado em melhorar os indicadores fiscais.
“O governo federal segue comprometido com a melhoria contínua dos resultados fiscais e com o aprofundamento do processo de reformas estruturais”, afirmou o Tesouro.
O texto destaca ainda que esse processo “tem ocorrido – e continuará ocorrendo – por meio do trabalho conjunto entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional”, que já demonstraram capacidade de aprovar medidas relevantes, como a reforma tributária aprovada em 2023 após mais de 30 anos em discussão.
O Tesouro também enfatizou que essas ações são essenciais para garantir “maior crescimento econômico de longo prazo e assegurar o equilíbrio das contas públicas”.
Mesmo assim, a Moody’s manteve a nota de crédito soberano do Brasil em Ba1, um o antes da retomada do grau de investimento, mas apontou que o avanço das reformas tem sido mais lento do que o esperado, o que levou à revisão da perspectiva para estável.