A proposta era simples e equivocada: patrocinar uma ação em campo, contratar um promotor, distribuir alguns panfletos e tentar gerar leads.

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Minha resposta foi objetiva: isso não funcionaria. Não pela qualificação do público, que de fato é elevada, mas pela abordagem.

Perguntei se o empreendimento teria alguma conexão com o golfe. A resposta foi negativa.

E é aqui que entra um ponto crucial: empreendimentos com infraestrutura voltada ao golfe tendem a apresentar uma valorização significativamente superior.

Em uma conversa recente com o amigo Carlos Canto, presidente da "Confraria Imobiliária do Paraná", compartilhei alguns dados relevantes durante sua entrevista em podcast.

Segundo o instituto Knight Frank, imóveis localizados em condomínios com campos de golfe podem apresentar valorização entre 25% e 50%.

E, se estiverem à beira do campo, esse número pode chegar a 75% em relação a empreendimentos similares na mesma região. Mais ainda: após uma década, a valorização pode dobrar, enquanto os demais imóveis valorizam, em média, 50%.

 

Voltando ao caso da construtora: e se ao invés da panfletagem, o empreendimento tivesse oferecido uma área comum equipada com um simulador de golfe incrível, com equipamentos à disposição dos moradores e visitantes?

Ainda que sem campo, haveria uma conexão clara com o estilo de vida golfista e, nesse cenário, o discurso comercial ganharia legitimidade, propósito e apelo real.

O mercado imobiliário precisa compreender que o golfe não é apenas um esporte.

É cultura, comportamento, estilo de vida e um diferencial estratégico de posicionamento de marca e valorização de ativos.

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