O motivo por trás dessa diferença não está diretamente relacionado à mecânica do veículo, mas ao uso do ar-condicionado. "Principalmente em um país tropical como o nosso, você está sempre ligando o ar condicionado do automóvel, e o ar condicionado puxa energia do motor, de algum lugar tem que sair a energia para o ar condicionado."
As cores escuras absorvem mais os raios solares, o que resulta em um aquecimento mais rápido e intenso do interior do veículo. Consequentemente, o sistema de ar-condicionado precisa trabalhar mais para manter a temperatura interna agradável, consumindo mais energia do motor e, por extensão, mais combustível.
Para ilustrar a magnitude dessa diferença, Feldman propõe um experimento simples: "Dois carros parados, um branco e um preto, um ao lado do outro, recebendo o sol, os raios solares, depois de algumas horas é inacreditável. Mas a temperatura interna do carro preto chega a estar dez graus mais elevada que a do carro branco."
Essa disparidade de temperatura se traduz diretamente em um maior esforço do sistema de climatização nos veículos de cores escuras. "Isso significa que quanto mais claro for o carro, menos ele se esquenta internamente, menos o ar condicionado tem que funcionar e menor o consumo de combustível", conclui o especialista.
Para os consumidores preocupados com eficiência energética e economia de combustível, a escolha da cor do veículo pode ser um fator a se considerar, especialmente em regiões de clima quente. Embora outros fatores como modelo do veículo, estilo de direção e manutenção adequada também influenciem no consumo, a cor pode representar uma variável adicional na equação da economia de combustível.